quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ver

"Vem, abre sua cadeira perto da minha." Foi o que eu disse quando vi você chegando. Sentados assistindo ao pôr-do-sol nem parecia que tínhamos tantas coisas escondidas, tantos esqueletos nos armário, tantas meias palavras.
Por quê? Quando foi que tudo desandou?
Eu lembro de você ser o motivo dos meus poemas de amor, os piores eu ouso dizer. Eles ficaram melhores depois que nós viramos isso. Mas eu não melhorei. Eu não estou curado sabe?
O pior de tudo não é não te ter mais, porque na verdade nunca te tive, não é não poder te abraçar, dizer 'eu te amo' ou mesmo segurar a sua mão enquanto assistíamos ao mesmo pôr-do-sol. O pior pra mim é olhar nos seus olhos e não ver nada. Nem amor. Nem ódio. Nada.

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