quinta-feira, 29 de julho de 2010

Maria

De nome tão sem graça a menina ruiva teve que se fazer perceber. Maria não podia ser detida, Maria fazia o que queria. Maria dançava no meio fio sob o poste da avenida. Maria ria e cantava sentada no banco gasto da praça. Maria ia rasgando sua meia arrastão enquanto entoava um mantra. Maria se vestia com paetês e passava brilho nos lábios. Maria acordava e do jeito que estava colocava uma música pra tocar. Maria amava, Maria odiava, Maria sorria, Maria chorava. Maria era Maria e mais ninguém.

Um comentário: